
Apesar de ser contratado como enfermeiro, Francisco atendia a população toda segunda-feira como se médico fosse. “Ele atendida no Posto de Saúde do município como se fosse médico e até receitava remédios para a população, numa atitude criminosa que atenta contra a saúde pública”, disse o médico Manuel Lopes Lamego, conselheiro federal do Cremero que atuou na fiscalização em Primavera de Rondônia.
No ato da prisão de Francisco, os policiais federais apreenderam fichas médicas com histórico e prescrição de medicamentos e a relação de pacientes atendidos por ele.
A presidente do Cremero, médica Inês Motta, disse, nesta segunda-feira, antes de viajar para cumprir agenda de trabalho em Brasília, que os gestores públicos devem estar atentos na hora de contratar profissionais da saúde. “Casos como esse colocam em risco a saúde da população e isso é inconcebível”, afirmou a presidente, acentuando que agora cabe à Polícia Federal, a partir do inquérito, definir a responsabilidade do gestor público que contratou o falso médico, assim como o enquadramento do enfermeiro de acordo com a Lei.
Inês Motta acrescenta ainda que o Cremero vem intensificando as ações de fiscalização da Saúde para evitar esse tipo de ocorrência.